segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Na mente de um psicopata

Nome: Charles E. Lee
Idade: 23 anos
Estado civil: Solteiro
Atual residência: Casa de repouso para doentes mentais perigosos de New Orleans.


11 de fevereiro de 2014

Não tenho o costume de escrever diários, nunca tive, mas precisava contar pra alguém minha historia, afinal não são todos que sabem o dia de sua morte, a minha está marcada para hoje à tarde. O motivo? Assassinato. Matei meus pais e irmão quando tinha 15 anos, na figa matei mais uma serie de pessoas e quando consegui fugir a um ano me dediquei a caçar e matar todos que me causavam desgosto e os que aparecessem no caminho, no total devo ter feito uma 100 vitimas, mas há três meses fui recapturado e sentenciado a morte por matar todas essas pessoas e dentre ela a filha do deputado Tomas Herris.



Minha historia começa há 13 anos, minha mãe era separada de meu pai e havia se casado de novo com um bêbado hipócrita, ela era linda e trabalhava de garçonete na lanchonete da esquina, meu irmão mais velho era um drogado imbecil que vivia tomando meus livros como os garotos da escola. Me padrasto me batia e batia na minha mãe também, ele dizia que éramos inúteis, meu irmão não ligava, ele nunca estava em casa. Eu odiava-os, odiava a todos.



Conforme eu fui crescendo desenvolvi um gosto muito especial por facas, eu gostava de decepar os sapos na aula de ciência e as galinhas e os peixes, eu gosta de cortar tudo, gostava de ver a vida se extinguir de seus olhos e gostava de como seus corpos ficavam frios.



Era um dia comum na fria Louisiana naquela manhã de dezembro, mas era meu adversário, levantei normalmente e fui pra escola comendo torrada, à noite minha mãe serviu o bolo, colocou-me um chapéu e cantou parabéns me chamando de querido, era meu adversário de 15 anos, meu padrasto estava bêbado de novo e antes que eu pudesse cortar meu bolo ele o devorou pegando um pedaço grande com as mãos sujas, minha mãe brigou com ele, mas ele bateu nela e ela se calou, eu tentei ajudá-la, mas como sempre ela me escorraçou.



‘Aquela família idiota. Todos deveriam morrer’ Era só nisso que eu pensava enquanto escolhia um sapo no meu quarto e o posicionava na minha tabua, com um golpe simples arranquei-lhe a cabeça e depois abri seu peito frio com a lamina já suja de sangue. A cabeça do animal estava no chão virada pra mim, seus olhos vidrados e o sangue escorrendo. Meu padrasto entrou no quarto, ele disse que eu era louco e me deu uma tapa na face. Ele nunca mais ia encostar em mim. O que o diferenciava daqueles animais que ele dizia serem asqueroso? Virei-me pra ele devagar e depois ele não viu mais nada. Com um simples corte em linha reta e firme em sua jugular fiz o sangue jorrar manchando minha face. Ele caiu de joelhos e depois deitado, o seu sangue encharcava o velho carpete dando a tudo um tom lindo de vermelho e um cheiro inebriante de morte. Aquele desgraçado continuava me encarando com seus olhos opacos e sem vida.



Decepeio-o como fazia com os sapos, dissequei-o e tirei seu coração. Levei o órgão sem batimentos até minha mão que estava na cozinha. Ela olhou-me espantada. “O que você fez?”, perguntou. “Você dizia que ele não tinha coração, então decidi ver se era verdade. Aqui, é todo seu agora.” Disse jogando-lhe o pedaço de carne. Nem lhe dei tempo de gritar. Atirei minha faca em sua cabeça, a lamina atravessou certeira sua testa onde se alojou, a mulher caiu de costas no chão. Seu sangue escorria nos ladrilhos brancos, sua boca escancarada parecia querer dizer alguma coisa e sues olhos vidrados e sem vida agora encaravam o nada. Rasguei sua blusa e depois de pegar uma outra faca rasguei sua pele lentamente, me deliciando com o cheiro de sangue e morte que emanava dela. Estudei com cuidado seus intestinos, pâncreas e pulmões, também tirei seu coração e coloquei ao lado do daquele traste.



Estava limpando o sangue de minhas mãos quando ouvi a porta se abrir. Sorri. Meu irmãozinho havia trago a namorada piranha. “O que você ta fazendo ai pirralho? E que cheiro horrível é esse?”. “Não se preocupe maninho, em breve você vai cheirar como eles.” Disse mostrando a cabeça de nossa mãe que eu segurava pelos cabelos, a garota gritou e correu assustada para a porta tentando abri-la. Meu irmão me olhava em choque, me aproximei lentamente, Desfrutei da forma como minha lamina atravessou seu peito e atingiu o coração jovem fazendo-o cuspir sangue, mais uma vez a garota gritou, ela estava me irritando. Retirei a faca do peito de meu irmão e olhei pra ela com olhos frios. Ela gritou de novo e correu pra janela que ela conseguiu em fim pular enquanto eu me aproximava. Ela saiu gritando e correndo pelas ruas desertas, alcancei-a nos degraus da catedral e ali esfaqueei-a lentamente. Primeiro cortes superficiais, depois lhe cortei a língua e por fim acabei com sua dor cravando a faca em seu coração, o sangue banhou as escadas de mármore.



Me levantei com o vento da madrugada acariciando minha face. O sino da catedral badalou três vezes enquanto eu me afastava na noite. No dia seguinte saiu uma matéria no jornal e eu fiquei feliz com o choque da população, mas aos poucos o êxtase da matança foi passando. Eu precisava matar. Precisava sentir de novo o cheiro de sangue fresco e rápido. Matei um motorista bêbado qualquer, escondi seu corpo na mala e fiz com que uma prostituta entra-se no carro. A levei para uma colina alta onde os gritos dela seriam totalmente ignorados, naquele carro com a promiscua Charlotte eu obtive prazer de varias formas distintas e depois sorri ao ver seu lindo rosto com as marcas firmes de minhas facadas. Seu corpo também foi jogado na mala e pela manhã acharam o carro abandonado em frente à delegacia com os corpos dissecados na mala.



Eu tomei gosto pela matança, isso se tornava cada vez mais divertido até que fui pego e me levaram pra esse manicômio quando completei meus 18 anos, lá eu era submetido a tratamentos de choque e passava a maior parte do tempo sentado com uma camisa de força em uma sala acolchoada, os remédios me mantinham desacordado na maior parte do tempo e eu passei a odiar aquele psiquiatra que me tratava como uma criança com problemas. Eu já tinha explicado pra ele dezenas de vezes, algumas pessoas gostam de surfar, outras de esquiar, outras curtem sexo e eu sinto prazer matando. Era bem simples. Eu até defini a morte a pra ele algumas vezes...



-Por que matou essas pessoas? –Perguntou ele pela milésima vez.



-Por que eu gosto de ver a vida deixar seus olhos. –Disse eu cansado.



-Por que abre seus corpos daquela forma? –Dei de ombros.



-Gosto de ver o que tem por dentro. Saber se realmente há um coração.



-Por que matá-las Charles? Por que fazê-las sofrer tanto? Por que as está punindo?



-Morte não é punição! É libertação! Eu as fiz encarar a morte. Lhes mostrei a saída desse mundo fútil e desconexo. Essa é minha missão!



-Sua missão? Quem lhe deu essa missão?



-Eu já nasci com ela! Eu tenho a missão de levar a morte pra todos! De lhes fazer encarar o medo.



Quase todas as minhas conversar com o doutor terminavam assim e eu seguia achando que minha missão era realmente matar. Foi quando eu a vi. Linda em seu vestido branco e sapatilhas da mesma cor, seu sorriso era a coisa mais encantadora do mundo e sua voz parecia a voz de um anjo. Ela sorriu pra mim. Eu a via todos os dias, pois ela ajudava os internos, passei a conversar com ela e descobri que seu nome era Nathalie, ela tinha 20 anos e era filha do deputado Tomas. Na época eu tinha 22 anos e aquele ano foi o melhor da minha vida.



Na noite de natal de 2013 eu consegui fugir daquele lugar e fui até ela, mas ela ficou com medo e tentou fugir de mim chamou os seguranças. Tudo porque eu tentei beijá-la e disse que a amava. Ela não acreditou. Como eu pude pensar que ela era diferente das outras pessoas? Como pensei que ela pudesse entender? Rapidamente me desfiz de vários seguranças e a esquartejei. Equipes da SWAT e da imprensa tinham cercado a casa em pouco tempo. Fui preso, julgado e agora aguardo minha morte, não tenho medo.



A morte não deve ser temida. Ela é linda e singular, só os fracos temem a morte, só os fracos fogem dela. Eu não fujo. Aceito minha morte com honra.



Naquele momento os guardas chegaram para levá-lo. Ele seguiu-os de cabeça erguida e sentou-se na cadeira elétrica, onde foi preparado. Ele havia recusado a extrema unção horas antes, mas mesmo assim o padre estava presente, junto com dois guardas do hospício. 10W. 30W. 100W. 200W. Ele ainda estava vivo e a luz acaba, quando ela volta os cabos que antes o prendiam à cadeira estão destruídos. Charles ganhou mais uma chance de cumprir sua missão e algo me diz que essa noite haverá um banho de sangue e dessa vez não amanhecerá tão cedo.

"As marcas que deixei, as ações que pratiquei irão lembrar o meu mundo". (L'Âmme immortelle)

2 comentários:

  1. Que incrível..
    Infelizmente algumas pessoas fazem outras sofrerem porque antes sofriam. Tentam libertar seus semelhantes da desgraça que conhecem...

    Parabéns pelo post!!

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  2. Preciso ver mais filme de terror e.e°

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